9 em cada 10 brasileiros possuem celular
Telefone celular é um dispositivo a que quase todos os brasileiros têm acesso. Dados da Kantar Worldpanel revelam que a penetração dos aparelhos já atingiu praticamente toda a população brasileira - 9 em cada 10 brasileiros possuem um celular. A distribuição também atinge todos os níveis socioeconômicos e faixas etárias, o que faz dele uma tecnologia quase ubíqua, presente em todos os lugares.
Em compensação, a telefonia fixa continua enfrentando quedas sucessivas. Até 2009, a presença do telefone fixo nos lares das classes D/E era estável, mas a partir de 2010 é possível perceber uma queda em todas as classes sociais. Hoje, o aparelho fixo tem apenas 19% de penetração nas classes mais baixas, 41% de penetração na classe C e cerca de 73% nas classes mais altas.
Se comparados, os números de telefonia fixa e móvel mostram que os lares trocaram o principal ponto de contato telefônico do fixo para o celular. Em 5 anos, a telefonia celular ganhou 22 pontos percentuais - 88% da população D/E possuem um aparelho móvel, 92% da classe C e 95% das classes A/B.
No Brasil, o desafio é migrar os aparelhos mais tradicionais, também conhecidos como "dumbphones", para os smartphones, fornecendo planos compatíveis com a necessidade de cada grupo socioeconômico. Ainda que 43% dos brasileiros das classes D/E possuam um smartphone, eles precisam de pacotes bem específicos, que incluam o acesso a dados para navegar na internet móvel.
A situação brasileira é bem diferente da nossa vizinha, a Argentina. Entre os Hermanos, apenas 7 em cada 10 possuem celular, com uma grande diferença entre a penetração entre as faixas etárias mais jovens e mais velhas - entre os que mais fazem questão de ter um celular estão os argentinos entre 19 e 64 anos. Ganhar espaço entre os usuários jovens, e os adultos mais maduros ainda é um dos desafios do país.
A migração dos celulares para os smartphones é um desafio que ambos os países latinos enfrentam juntos, em especial entre os adultos com mais de 40 anos.