As redes sociais e o FMCG
O consumidor português está cada vez mais ligado e presente na Internet.
De acordo com o estudo “Life Styles” da Kantar Worldpanel, em 2011, 58% dos lares portugueses tinham Internet em casa, 10.3% acederam a sites de compras online e quase sete em cada 100 lares fez pelo menos uma compra de produtos de grande consumo na rede. No entanto, este canal só vale hoje 0,6% do mercado das compras de grande consumo, embora a tendência seja para aumentar e em 2015 este gasto possa atingir os 2.6%.
As redes sociais têm adquirido grande importância em Portugal e um em cada dois portugueses tem um perfil no Facebook. Na realidade, 80% da população online portuguesa está presente nesta rede social.
O tipo de relação com o Facebook permite fazer uma segmentação dos lares de Portugal Continental em quatro grupos, em função do tempo que despendem com a Internet: os “No Show”, que não estão presentes e representam 20% dos lares portugueses, os “Present”, frequentam pouco o Facebook e cada utilização tem em média 30 minutos, representando 5% dos lares, os “Sociais”, acedem todos os dias entre 30 minutos e uma hora e são o grupo maior, representando 51% dos lares e por fim os “Superfan”, que acedem todos os dias ao Facebook e estão ligados durante mais de duas horas por dia, representando 24% dos lares.
Os “superfan” acedem, normalmente, à Internet a partir de dois locais distintos e têm 1.3 equipamentos. Utilizam, sobretudo, o correio electrónico e as redes sociais. A página que mais visitam é o Facebook, 21% afirmam ter mais de 500 amigos nesta rede social e 71% são fãs de páginas. São lares jovens sem filhos, maioritariamente residentes na faixa litoral do país e pertencem à classe média e média baixa.
Curiosamente, este grupo consumiu mais FMCG no lar, no último ano. Com efeito, gastou mais 16% em valor e 14,8% em volume, seguindo a tendência de menos consumo fora do lar. A sua relação com a Internet parece favorecer também o seu consumo em compras online, para o FMCG, uma vez que de 2010 para 2011 cresceu em valor 83% valor, mas o seu peso no gasto total do FMCG é ainda diminuto. Refira-se ainda que este grupo cresceu 15.5% no canal offline.
Os “superfan” procuram sobretudo conveniência e preço, uma vez que “compram frequentemente comida preparada para levar para casa”, “não têm muito tempo para cozinhar”, são “menos fiéis às marcas” e o peso que as MDD’s têm nas suas compras de FMCG está acima da média nacional.
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Andreia Carvalho
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