Café ajuda ao aumento de fora de casa
O café está a ajudar ao desempenho do consumo de snacks e bebidas não-alcoólicas fora de casa (OOH): o valor de café consumido fora de casa cresceu 25% no terceiro trimestre de 2021, de acordo com o Barómetro OOH da Kantar, Worldpanel Division, que inclui oito mercados: Portugal, Espanha, França, Reino Unido, México, Brasil, Tailândia e China Continental.
Os maiores crescimentos verificaram-se no Reino Unido, onde as vendas de café OOH cresceram 76% e no Brasil 53%, em comparação com o terceiro trimestre de 2020. Estes resultados não foram uniformes nos oito mercados analisados neste Barómetro, com a Tailândia, França e Portugal a verificarem quedas de 21%, 11 e 7%, respetivamente.
O forte crescimento global de café – um fator importante para um aumento de 13% em todos os gastos OOH em snacks e bebidas não alcoólicas globalmente – foi a mudança mais significativa no terceiro trimestre de 2021. Com o consumo geral in-home de snacks e bebidas não alcoólicas a aumentar 1%,ou seja, seguindo a tendência observada no segundo trimestre.
No entanto, ainda há uma oportunidade significativa de crescimento para o café, com a quota de mercado de OOH vs In-Home ainda abaixo, em comparação com 2019. No terceiro trimestre de 2019, o OOH obteve 70% do valor total do café (tanto comprado no local quanto embalado), mas no terceiro trimestre de 2021 foi de apenas 64%. Esta é uma melhoria dramática em relação ao mesmo período em 2020 (quando era de 59%), mas demonstra o espaço contínuo para melhorias.
Os mercados que estão mais atrasados no que diz respeito à recuperação da quota de mercado de OOH são o México, que está 14 pontos percentuais abaixo de 2019 e Portugal, que está 12 pontos percentuais abaixo.
A grande oportunidade para o café OOH atingir os níveis pré-pandémicos está nos bares e nos cafés. Enquanto que outros locais em que se faz compra por impulso (máquinas de vending, estações de serviço, por exemplo) ou Distribuição Moderna (hipermercados, supermercados e lojas de conveniência) mantiveram a sua quota de mercado, os bares e cafés – a maior categoria – ainda se mantém nos 39% de quota em valor, globalmente – três pontos percentuais abaixo do mesmo período em 2019.
Outras conclusões importantes do terceiro trimestre de 2021 relativamente ao FMCG:
- No ano móvel ao terceiro trimestre (período que vai de setembro de 2020 a setembro de 2021) , o impacto dos confinamentos e as restrições colocou o negócio de consumo fora de casa em declínio, com um valor total em oito mercados analisados a decrescer 4%. O consumo em casa beneficiou das ordens para se ficar em casa e cresceu 4%, no mesmo período.
- A China Continental é o único mercado onde o valor total de vendas de snacks e bebidas não alcoólicas fora de casa recuperou para níveis pré-pandémicos no terceiro trimestre, contribuindo para o valor total de 48%, em comparação com o terceiro trimestre de 2019.
- A recuperação completa de snacks e bebidas não alcoólicas requer um melhor desempenho de locais como bares, cafés, restaurantes e pontos de venda de impulso. No terceiro trimestre de 2021, bares e cafés atingiram 9% do valor total snacks e bebidas não alcoólicas em comparação com 11% do mesmo período em 2019.
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Andreia Carvalho
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