Natal em casa salva FMCG em 2017
O setor do Grande Consumo continua a apresentar dificuldade em crescimento, ao fechar o ano de 2017 com -2,7% em volume. O principal responsável por esta situação é a diminuição do volume comprado em cada ato de compras (-3,5%).
O setor mais impactado em volume foi a Alimentação dentro de casa (tendência que já se mantém desde o terceiro trimestre de 2017), sendo que bebidas conseguiram crescer e limpeza caseira e higiene e beleza foram setores estáveis. Dentro das categorias mais negativas, 15% correspondem a categorias afetadas pelo imposto do açúcar, 60% são categorias de alimentação, 10% categorias infantis e 15% categorias de limpeza caseira. A conveniência e o prazer guiaram os compradores em 2017, já dentro das categorias com melhor desempenho, 35% são de conveniência e 30% são de prazer.
Apesar deste cenário menos positivo, o Natal contribuiu em grande medida para minimizar as perdas em FMCG no ano. As últimas quatro semanas do ano foram muito boas em termos de volume e de valor, crescendo 5% e 7,5%, respetivamente. Para isto muito contribuiu que os Portugueses passassem o Natal em casa – quando questionados antes do Natal, 79% já afirmavam que o passariam em casa, de acordo com o estudo LinkQ de Natal 2017, da Kantar Worldpanel.
No que diz respeito à distribuição, os discounts (Lidl e Aldi) e Pingo Doce foram os mais dinâmicos neste período de Natal. Com efeito, estas três insígnias juntas contribuíram em volume 86% para o crescimento do FMCG nas últimas quatro semanas do ano, conseguindo ter compradores incrementais face ao Natal de 2016. Este aumento de compradores deu-se, sobretudo através da Marcas da Distribuição (MDD). Em comparação com o mesmo período de 2016, o Lidl aumentou o seu número de compradores de MDD em 138 mil, o Pingo Doce em mais 110 mil e o Aldi em mais 96 mil compradores.
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Marta Santos
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