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Portugueses não dispensam o “Fiel amigo” bacalhau

11/04/2022

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Portugueses não dispensam o “Fiel amigo” bacalhau

Artigo original publicado na Hipersuper

Depois do grande crescimento do FMCG em 2020, onde os compradores portugueses, devido à pandemia COVID-19, alteraram os seus hábitos de compra evitando uma presença mais assídua nas lojas, comprando e gastando mais por cesta, com a maioria das categorias típicas de consumo dentro de casa a conseguirem desenvolver-se. O Bacalhau, que está incluído neste grupo, apresentou um crescimento não só em compradores (+55 mil lares), como um consumo de mais 900grs per capita vs 2019. Contudo em 2021, com o progressivo desconfinamento e abertura à vivência fora de casa, observa-se uma perda de cerca de 600grs de consumo per capita, assim como uma perda de 83 mil lares compradores.

Ainda assim, o Bacalhau é uma categoria que os consumidores portugueses não dispensam. Quer seja seco/salgado ou congelado, o bacalhau está presente em 87% dos lares no último ano (dados com 52 semanas com fecho a 5 de Dezembro 2021). O consumo semanal por individuo é de 1,4 vezes, sendo que 32% dos consumidores da categoria considera a conveniência e 35% “prazer/gosto do sabor”, os motivos de consumo mais importantes e inerentes a este peixe. Apesar de conveniente e versátil, existindo mil e uma receitas para preparar o bacalhau, o modo de preparação é ainda na sua maioria das ocasiões (cerca de 39%) no seu modo mais puro: o cozido.

Apesar da quebra em compra média este ano comparativamente ao ano passado, motivada pela redução da uma ocasião de compra e por menos compradores, a quantidade comprada por lar ainda se encontra acima do registado em 2018 e 2019. Isto significa que os portugueses continuam a fomentar o consumo de bacalhau nas suas mesas.

Sendo a categoria de Bacalhau dominada pelo segmento de seco/salgado, que representa 87% do volume total, foi este o segmento que influenciou a redução da compra média, através de menos visitas às lojas no Mat P12 2021 vs Mat P12 2020 (menos 1 em média por lar), assim como a perda em 221 mil compradores. No último ano, um lar comprou cerca de 18Kgs de Bacalhau seco/salgado com uma regularidade de 7 ocasiões de compra. Isto significa que cada consumidor comeu cerca de 7kgs de bacalhau seco/salgado no decorrer deste período, uma média de 135grs por pessoa por mês (base de 2,5 pessoas em média por lar, segundo dados do INE). Apesar de menor representatividade, o bacalhau congelado é cada vez mais uma opção para os portugueses, conseguindo manter a regularidade de compra assim como a quantidade por cesta, levando a um aumento da compra média por lar, apresentando no entanto, uma ligeira redução em compradores vs o Mat P12 2020. Segmento que está muito relacionado com a tendência de conveniência e facilidade de preparação e que tem vindo a conquistar compradores nos últimos anos.

 A procura de Bacalhau congelado verifica-se através dos targets mais jovens/adultos (34 anos até 49), com +14% de compradores e +74% de volume comprado, quando comparado com a média no total de compradores de Bacalhau. Este grupo de compradores acaba por ser crucial para manter a estabilidade de compra no segmento. Já os lares com mais de 50 anos e que representam 80% do total volume comprado de Bacalhau e 62% do total compradores, têm uma procura concentrada no segmento de seco/salgado, sendo o grupo responsável por 70% da perda de volume da categoria, target este que mais impulsionou o crescimento em 2020.

O Bacalhau é um produto que os consumidores portugueses não dispensam. Incomparável no sabor, de fácil e conveniente armazenamento, esta categoria será sempre uma forte opção na mesa dos portugueses e como tal, permanecerá no topo das suas listas de compras.

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Paula Ferreira
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